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terça-feira, 28 de agosto de 2012


História do Calçado

             Existem evidências que mostram que a história do  sapato
     começa a partir de 10.000 a. C., ou  seja,  no    final  do  período
     paleolítico (pinturas desta época em cavernas na Espanha e no
     sul da França fazem referência ao calçado).
             Entre os utensílios  de  pedra  dos  homens  das  cavernas
     existem vários que serviam para raspar as peles,  o que indica
     que a arte de curtir é muito antiga.
             Nos hipogeus (câmaras subterrâneas  usadas  para  enter-
     ros múltiplos) egípcios, que têm idade entre 6 e 7 mil anos,    fo-
     ram descobertas pinturas que representavam os  diversos    es-
     tados do preparo do couro e dos calçados.
             Nos países frios o mocassim é o  protetor  dos  pés  e  nos
     países mais quentes a sandália  ainda é a mais usada. As    san-
     dálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra    de
     palmeira.

Era comum andar descalço e carregar as sandá- lias usando-as apenas quando necessário.
            Sabe-se que apenas os nobres da  época  possuíam sandálias.
    Mesmo  um  Faraó  como  Tutancamon  usava   calçados   como
    sandálias e sapatos de couro simples (apesar dos  enfeites    de
    ouro).
     


            Na  Mesopotâmia    eram  comuns  sapatos  de  couro   cru
     amarrados aos pés por tiras do mesmo material.  Os    coturnos
     eram símbolo de alta posição social.
            Os Gregos chegaram a lançar moda  como  a  de  modelos
     diferentes para pés direito e esquerdo.
            Em Roma o calçado indicava a classe social. Os  cônsules
     usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons  presos
     por 4 fitas pretas de couro atadas a 2 nós e o calçado tradicio-
     nal das legiões era a bota de cano curto que descobria os    de-
     dos.


sandália de couro judia de
72 d. C.

            Na idade média tanto homens como mulheres usavam sa-
     patos de couro abertos que tinham uma forma  semelhante    à
     das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas
    atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele
    de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas
     de pele de cabra.

            A padronização da numeração é de origem inglesa. O  rei
     Eduardo (1272-1307) foi quem uniformizou as medidas.
            A primeira referência conhecida da manufatura do calça-
     do na Inglaterra é de 1642 quando Thomas Pendleton  forne-
     ceu 4.000 pares de sapatos e 600 pares de  botas  para    o 
  exército. As campanhas militares desta época  iniciaram    uma
     demanda substancial por botas e sapatos.
           Em meados do século 19 começam a surgir as  máquinas
     para auxiliar na confecção dos calçados, mas só com  a    má-
     quina de costura o sapato passou a ser mais acessível.
           A partir da quarta década do século 20 grandes  mudan-
     ças começam a acontecer nas indústrias calçadistas como a
     troca do couro pela borracha  e  pelos  materiais    sintéticos
     principalmente nos calçados femininos e infantis.
          Provavelmente os funcionários de Pendleton fizeram  os
     sapatos do início ao fim mas na  moderna  indústria    o  pro-
     cesso é quebrado em várias e distintas etapas como :
         . modelagem : criação,    elaboração  e  acompanhamento
     dos modelos no processo de fabricação;
         . almoxarifado: recebimento, armazenamento, classifica-
     ção e controle do couro e demais materiais;
         . corte: operação de corte das diferentes peças que com-
     põem  o  cabedal (parte superior do calçado). No  corte são 
     utilizadas lâminas e facas especiais e/ou superior do calça-
     do). 
     No corte são utilizadas lâminas e facas especiais  e/ou    ba-
     lancins de corte que pressionam  os  moldes    metálicos  na
     superfície do couro e/ou outros materiais;
         . chanfração: preparação do couro para  receber  a  cos-
     tura;
         . costura: junção  das    partes que compõem  o  cabedal.
     Em muitas empresas esse  setor  encontra-se    subdividido
     em preparação, chanfração e costura;
         . pré-fabricado:  fabricação de solas, saltos e palmilhas. 
     Muitas empresas  não têm esse setor, pois existem fábri-
     cas que se especializam na produção desses materiais;
         . distribuição: controla o volume da produção,  revisa  a
     qualidade  dos  materiais e  os distribui para os setores de
     montagem e acabamento;
         . montagem: conjunto  de operações que unem  o  cabe-
     dal ao solado;
         . acabamento: operações  finais    ligadas à   apresenta-
     ção do calçado como escovamento, pintura e limpeza;
         . montagem  e acabamento: em muitas empresas esses
     dois setores são organizados em linha de montagem,  isto
     é, os postos de trabalho  são colocados em  linha e o    pro-
     duto em elaboração vai  incorporando as  operações    par-
     ciais de cada trabalhador, até  que,  no  final    da  linha,  o
     produto resulta acabado;
         . expedição: embalagem,    encaixotamento  e  envio  ao
     mercado de destino.

         Na Página Museus do sapato podem  ser   encontradas
     fotos raras e outros aspectos da história.

         Em breve a História do calçado  no novo mundo. A his-
     tória no Brasil incluirá uma descrição sobre o uso de cal-
     çados  no Rio de Janeiro  em 1816 e  uma     descrição  de

     uma fábrica de calçados e um curtume em 1918.